Bae Jiyoung

"Para Sungmin, que me ensinou a esperar. Para Junseo, que não teve tempo. E para quem um dia me perguntar onde está a calma depois da tempestade: às vezes, o silêncio é só o intervalo entre uma xícara e o ruído da queda."
Basics.

Nome: Bae Jiyoung.
Data de nascimento: 20/05/1991.
Local de nascimento: Sokcho.
Orientação: Demissexual.
Relacionamento: Solteira.
Ocupação: Tea blender
Idiomas: Coreano nativo, inglês fluente, japonês intermediário.
Moradia: Koreatown.
| Sim. | Não. |
|---|---|
| Fotografia, sobremesas amargas, realismo, artesanato, stop motion, comida apimentada, documentários, dias chuvosos, esportes radicais, gastronomia, escrita terapêutica, som ambiente. | Hospitais, sirenes de ambulância, instabilidade emocional, quebrar promessas, meditação, baixas temperaturas, invasão de privacidade, "fly me to the moon". |
Trivia
- Jiyoung permanece em contato com o melhor amigo, embora de maneira mais espaçada, desde que se mudou para Manhattan. É natural que a relação seja interpretada de maneira romântica pelo carinho que direciona a ele.- "Fly me to the moon", a música que tocava quando o acidente aconteceu. Jiyoung se retira de qualquer ambiente ao ouvir as primeiras notas, que reconhece de imediato. Ainda guarda o relógio que usava naquela noite, parado no tempo no exato momento em que a música pulou para o refrão "In other words, hold my hand".- O inverno é uma estação especialmente melancólica para ela, e um dos principais fatores para que tenha deixado a Coreia foi o clima rigoroso.- No quesito família, adota a postura que caracteriza como "distanciamento saudável". Tem uma boa dinâmica com parentes distantes, mas evita entrar em contato com os pais, embora a mãe tenha buscado maior aproximação no último ano.- Ao recuperar seus movimentos, consumida pelas memórias do acidente, fez diversas tatuagens para cobrir as cicatrizes causadas pelos estilhaços. Elas foram seu conforto por um tempo. Só recentemente optou por apagá-las, e tem realizado sessões a laser.- Descobriu nos esportes radicais uma maneira de se sentir viva, mergulhando no máximo de atividades que pode após a liberação médica. Atualmente, tem realizado atividades esportivas mais leves por conta da rotina, mas dificilmente negaria uma proposta de se arriscar.- Depois dos esportes, diria que a fotografia é um de seus hobbies favoritos. Sungmin a ensinou a fazer registros de suas visões para que não se perdessem na areia do tempo, e graças a isso, Jiyoung pode recuperar flashes e até mesmo memórias que haviam desaparecido por completo.- Costuma alterar entre fios longos e curtos, embora prefira mantê-los acima dos ombros por gostar da pele exposta ao vento.- Embora seja naturalmente gentil e bem humorada, não se deixa acessar com facilidade. É uma mulher comunicativa, com diversas camadas e uma quase aversão em se mostrar vulnerável.- Deseja verdadeiramente que Daejun a encontre, motivo pelo qual se mantém tão ativa fisicamente, sendo um membro já conhecido na academia e, possivelmente, dos mais disciplinados. Gostaria de dar um ponto final à história com as próprias mãos, mas se eximindo do peso de oferecer a Daejun a ruína de uma terceira vida. Estará pronta quando o acaso decidir.
Histórico
TW: Acidente, morte - suspeita de homicídio.
À primeira vista, Bae Jiyoung é uma mulher que não pede licença. Seus passos são firmes, seu olhar direto, e sua postura desafia qualquer um a subestimá-la. Se comunica bem em contextos sociais, embora opte por ser discreta em suas opiniões, mas quando as expressa, suas palavras são precisas como facas. No trabalho, é eficiente e acolhedora; nas ruas de Manhattan, é uma sombra ágil que corta a multidão sem hesitar. Por trás da postura otimista e, por vezes, imponente, há uma história escrita em cicatrizes tanto na pele quanto na alma.Nascida em Sokcho, na Coreia do Sul, Jiyoung cresceu em um lar onde a perfeição era a ordem e o afeto era escasso. Seu pai, professor universitário, enxergava a vida como uma série de metas a serem cumpridas, e sua mãe, uma ex-musicista que abandonou os palcos para se tornar esposa, vivia através das expectativas alheias. Desde cedo, Jiyoung aprendeu que emoções eram um luxo perigoso, e que deveria suprimir as vontades em prol de um objetivo maior. Naquela época, apesar de sentir que o peso da determinação não se alinhava com seus desejos, não tinha força para reagir.Tamanha foi a sorte de encontrar o refúgio à duas quadras dali, na padaria do bairro. Através de Minho, o filho do padeiro, um futuro cinza se preencheu de cores. Enquanto seu mundo era feito de regras e silêncios, o dele estava recheado de risadas e farrapos. Minho a levava para correr nos campos vazios depois da escola, ensinava-a a assobiar com folhas de grama e, nas noites mais frias, escalavam o telhado da padaria para contar histórias sobre constelações que nem existiam. Minho não a salvou — ele a mostrou como se salvar. Perto da maioridade, ao lhe contar sobre um amor de infância, que precisou abandonar pela intolerância dos pais, despertou em Jiyoung o desejo de recomeçar, ainda que aquilo significasse dar adeus à vida que conhecia e, talvez, aos próprios pais.O medo era latente, mas o cansaço da asfixia doméstica o superava, e então, ela fugiu com ele para Seul ao completar 21 anos. Casaram-se em segredo, sem festa ou bênção, e construíram uma vida simples, contando com a farsa do casório para despistar familiares e curiosos. Minho tornou-se engenheiro; ela, jornalista investigativa, empenhada em apurar irregularidades em abuso de poder e violação de direitos. Na capital, ambos conheceram suas verdadeiras paixões, se divorciando legalmente, sem nunca quebrar o elo que construíram. E desta vez, em seu primeiro relacionamento de fato, Jiyoung foi presenteada ao encontrar o amor em duas versões. A primeira, em Sungmin, um entusiasta de chás que preencheu sua vida de sabores. E a segunda, em Junseo, seu primeiro filho, cujo riso ecoava pela casa como uma melodia que ela nunca cansava de ouvir.Até que o sonho acabou em uma noite de inverno.Um acidente de carro — mera fatalidade, disseram. A estrada estava coberta de neve, o veículo perdeu o controle. Sungmin e Junseo morreram na hora. Jiyoung sobreviveu, mas seu corpo ficou preso em um coma por dois anos. Quando acordou, o mundo que conhecera não existia mais. Seus músculos haviam atrofiado, suas memórias estavam em pedaços, e o vazio no peito era tão vasto que, por um tempo, ela achou que ainda estava sonhando. Dia após dia, anestesiada, incapaz de sentir.A recuperação foi lenta e tortuosa. Aprender a andar novamente foi como ser criança outra vez, mas agora, sem a mão de ninguém para segurar. Os flashes daquela noite voltavam em pesadelos: faróis brilhando através da nevasca, um vulto atrás do volante, o rosto de Kim Daejun — caçula de Sungmin, e a pessoa mais gananciosa que já conhecera — misturado ao terror. Ninguém acreditou quando sugeriu que havia sido assassinato. Seria apenas a dor falando, um lapso provocado pela força do impacto. Foi então que ela decidiu que, se não poderia provar a verdade, pelo menos poderia fugir dela.Manhattan tornou-se seu novo cenário. Koreatown, com suas luzes e ruídos familiares, era o lugar perfeito para se esconder sem realmente desaparecer. Trabalhava em um café durante o dia e dava aulas noturnas de piano para crianças que nunca saberiam que suas mãos já haviam afundado no desespero. A vida parecia estar voltando aos eixos, mas algo dentro dela não se conformava. Foi em uma tarde chuvosa, ao arrumar uma caixa de pertences não tocados desde a mudança, que Jiyoung encontrou o caderno de blendagens de Sungmin. Entre as páginas manchadas de chá, estavam anotações meticulosas sobre folhas de camomila colhidas na primavera, bergamotas que ele importava da Turquia, e até uma receita só para Jiyoung: “Jasmim + lúcia-lima + uma pitada de gengibre — para quando o mundo parecer pesado demais.”O cheiro das folhas secas trouxe de volta o calor das xícaras compartilhadas, as risadas de Junseo tentando assoprar o vapor, o jeito como Sungmin dizia que “o segredo do chá é esperar na medida certa — nem muito, nem pouco, como o amor”. Naquela noite, pela primeira vez desde o acidente, ela ferveu água. E entre tentativas falhas e misturas que a faziam tossir, Jiyoung descobriu que as mãos ainda lembravam o movimento de torcer folhas, de medir temperaturas, de sentir o peso do mel na colher. Blendar chás tornou-se seu ritual silencioso de luto e redenção. Cada xícara era uma forma de manter vivos os dois que partiram — e, aos poucos, uma maneira de reconstruir seu próprio paladar para a vida.Mas as xícaras não bastavam.Através do acaso, por um livro esquecido em um sebo que a ideia nasceu, uma ficção policial onde o assassino deixava pistas como migalhas — não por descuido, mas por desejo. Alguém, em algum lugar, queria ser pego. Ela leu a obra em uma noite. Depois, comprou todas as cópias que encontrou. No dia seguinte, Jiyoung começou a escrever. Não sob seu nome, claro. Tornou-se uma ghostwriter de ficção criminal, a autora invisível por trás de best-sellers sombrios. Seus livros eram meticulosos: assassinatos perfeitos, investigações falhas, vilões que escapavam pela fresta da justiça. Mas, em cada enredo, ela escondia um fio da verdade — a marca do carro de Daejun, traços de sua personalidade, ambientes que costumava frequentar, a estrada coberta de neve e até mesmo a receita do chá que Sungmin preparava na noite do acidente.Seus leitores devoravam as histórias sem perceber. Ele perceberia. Jiyoung não escrevia para vingança, ela escrevia para um convite. Até lá, dedicava-se aos chás e à satisfação de ver seu talento florescer, xícara após xícara, transformando histórias em combinação em sabores.
OOC.
Ela/dela, +27. Gênero de interesse: sim, por favor. Todos eles!Algumas observações:
i. Não envolvo vida on e off e não levo interações para o pessoal. Me deixe saber se surgir algum desconforto por parte da minha personagem pra que eu possa te entender e me desculpar.
ii. O trabalho nem sempre me permite ser tão presente quanto gostaria. Posso me ausentar durante uns dias, mas tô de olho na tl e respondendo no tempo livre!
iii. Se a personagem te agradar de alguma forma e estiver difícil de pensar em interação, pode chegar na DM sem medo que vou ficar feliz de pensar em uma conexão pra gente. Deixa comigo e vamos juntes. <3
iv. Conteúdo adulto somente com pessoas adultas. Isso inclui temas sensíveis num geral, não necessariamente românticos.Espero que a escritora fantasma possa participar de muitas histórias por aqui. As conexões que deixei podem funcionar como ponto de partida, mas também gosto de interações que surgem espontaneamente. Qualquer dúvida ou sugestão, é só me chamar! Um beijo!
Conexões
| Todas as manhãs, religiosamente, Jiyoung escuta o som do piano ecoando pela vizinhança. Um dia, resolve ir até a origem do som e deixa um pequeno bilhete por baixo da porta: "Toca River Flows in You amanhã?". E elu toca. |
| Na lavanderia, em um dia de chuva, Jiyoung percebe que pegou o guarda-chuva errado e sente um leve desespero ao se imaginar sem o último presente do filho. Buscou a pessoa responsável por dias, até finalmente encontrá-la, expressando uma gratidão fora do comum. Talvez fosse uma oportunidade de dividir a dor do passado com alguém que não voltaria a ver... ou assim pensou. |
| Jiyoung costuma correr pela manhã, sempre na mesma rota, e foi então que um grupo de idosos a convidou para participar de uma caminhada. Lá, conheceu muse, alguém com quem poderia dividir o gosto por esportes e, com sorte, aventuras radicais. |
| Muse é um rosto conhecido no Héxié, cliente que adota como figura de conforto. Jiyoung tem aprendido a ler suas expressões e indicar combinações que façam sentido para seu humor no dia, como um gesto de cuidado. Em um dado momento, criou uma mistura espeficicamente para elu. |
| Três anos atrás, ao chegar em Koreatown com malas em mãos e sem abrigo determinado, teve sorte de esbarrar em muse, que lhe indicou seu atual apartamento. Em agradecimento, Jiyoung costuma fazer convites para ir ao karaokê, explorar cafeterias ou curtir a vida noturna pelos arredores. |
| Muse é a pessoa responsável pelas tatuagens de Jiyoung. Uma das poucas a ter informações das dores do passado, ainda que de maneira velada e superficial, e a única pessoa a ter visto suas cicatrizes até então. |
| Um ano após a chegada em Koreatown, decidiu que adotaria um pet. Muse foi a pessoa responsável por seu encontro com Tokki, é alguém com quem Jiyoung divide seu lado mãe de pet e costuma passear em trio esporadicamente. |
Outras sugestões:Colegas de trabalho; conhecidos da vizinhança; o primeiro affair; contratante dos seus serviços para um evento em particular; alguém que queira sua ajuda como pet sitter por uns dias; aprendiz de coreano; aulas de japonês.